quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

"O fim é o começo da dor quando a gente não tá preparada pra ele. Eu não tava, e demorei pra ficar. A ficha não cai, e quando quase caia, meu peito apertava, explodia, desmoronava. Nunca é fácil dizer adeus pra alguém que a gente tem vontade de dizer ''bom dia'' todos os dias quando for acordar. É estranho, você passa a andar pela rua como se não tivesse chão te sustentando. Parece que a vida é você e você é vida – uma se segurando na outra, sozinhas, sem ninguém. A multidão vira invisível e você consegue se perder no meio de um mercado pequeno – pera ai, onde é que eu tô? Você meio que para enquanto todo mundo continua correndo. Desesperador. Os amigos continuam repetindo as mesmas frases sem efeito ''anda, a vida tem que continuar sem ele'', enquanto tudo o que você quer é ele continuando ali com você, na sua vida. Só sabe como é quem passa, e eu não desejo essa passagem pra ninguém. Dói muito, dói demais. E não existe remédio pra melhorar, muito menos vacina pra curar. Foge do controle humano. É você e coração, só os dois, sem auxílio, sem mão pra ajudar a levantar. "

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