*-*+
Tenho
um orgulho enorme de não ser mais a bobinha iludida que dorme com um
sorriso no rosto só porque você disse uma palavra mais bonita na hora de
se despedir. Parei de me importar desde que percebi que você não se
importava. E sério, tá tudo bem. Aprendi que nessa vida cada um gosta do
que lhe convém, e é isso. Não dá pra obrigar ninguém a se importar com a
gente – triste realidade. Mas tá absorvida, tá gravada aqui, feito
tatuagem. Se não liga, eu não ligo. Se não se interessa, eu não me
interesso. Metódico e simples. E tô bem mais feliz assim, obrigada. Essa
mania chata de viver romantizando o que não tinha romance era um porre
daqueles bem fortes, só trazia dor de cabeça. Era um vício louco, um
masoquismo disfarçado – me livrei. Tirei as asas das borboletas do meu
estômago e coloquei todas as asas em mim – dramático, mas totalmente
libertador. Tô livre mesmo, e não pretendo voltar pra gaiola. Durmo
pensando em mim e acordo pensando em mim – sem amarras em nenhum outro
coração que não seja o meu.
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