quinta-feira, 7 de março de 2013

Quando eu passo na rua e te vejo, nem olho. Quando você me olha, finjo nem ligar. E visto essa máscara de que você não é nada pra mim. É um tanto faz. Mas só finjo. Finjo não me importar. Finjo não ver o céu cair sobre mim quando você me olha com uma cara de sei lá, ou quando você tenta impressionar seus amigos e ser engraçado. E finjo também não ver o céu caindo na minha testa enquanto você passa, minhas amigas riem e eu tento te evitar. Você mexe demais comigo. Mas nem sabe. E ficamos feito Tom e Jerry, um correndo atrás do outro e tentando se encontrar, mesmo sem você saber. E tenho uma raiva infinita por você não vir falar comigo, mas talvez eu nem dê espaço. E uma mágoa instantânea por isso. Tenho uma esperança indefinida quando você olha pra mim. E um amor de filme quando a gente se encontra na rua sem saber querendo se perder em um mundinho só nosso. Não sei das suas intenções, nem do que você carrega nesse teu coração. Mas por você, estou disposto a melhorar. Tô disposto a segurar as estrelas caindo em cima de mim. Tô disposto a ser só seu e fugir do mundo pra te encontrar. Mas pra isso, a gente precisa se achar.
Pedro Smarth

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