Como te esquecer se até a cor do céu me
lembra o teu olhar? Como esquecer o beijo que ficou marcado em minha
boca e o gosto de não te ter mais aqui? Eu ainda lembro de cada sorriso e
troca de olhar. O jeito que as coisas aconteciam naturalmente, e de
repente eu me encontrei conversando comigo mesma enquanto via as nossas
fotos.
Do amor que tu me deste, restou à
saudade. O que restou do amor que eu te dei? Ainda te lembras das noites
de verão e das luas de Saturno? Ainda lembras como é o som da minha
risada, que por vezes tu disseste que eram caricias aos teus ouvidos? Eu
lembro.
De repente, nada virou tudo, e mais de
repente ainda tudo sumiu, e eu fiquei nadando no nada que é querer e não
ter. A velha história de ter uma cama vazia e o coração cheio.
E se um dia quiseres lembrar, me escreve.
Escreve qualquer coisa em uma ou duas linhas de um velho caderno,
destina ao meu endereço e me faz sorrir como antigamente. Ou, quem sabe
ouse vir aqui na minha casa fazer um samba no meu coração. Eu vou te
receber, juro. Abrirei a porta junto com o meu coração e te deixarei
entrar. No caos que é beber a saudade, tua presença será bem-vinda, como
uma caneca de chocolate quente no rigoroso do inverno.
Em noites como essa, penso quantos
corações por aí a fora sofrem, além das fronteiras. Cada amor é um amor,
mas a saudade que ele deixa quando parte dói igual a todos nós.
Nenhum comentário:
Postar um comentário